O
BRILHANTE QUE OS BRAÇOS CRUZADOS NÃO DEIXA BRILHAR.
Os trabalhadores
da Feira da Madrugada são pessoas que sabem trabalhar, criar, mas infelizmente
não sabem lutar pelos seus direitos. Aqueles direitos que dependem de união e
de uma só voz. Não sabem defender-se de aproveitadores que, inclusive lhe
oferece grandes vantagens, que quando aceitas, nada acontece, a não ser dor de
cabeça e prejuízos.
E assim
ela chegou hoje na situação em que se encontra, sem dono, sem uma ordem que
realmente resolva os problemas existentes naquele espaço. Espaço que no inicio
foi cedido pela União a trabalhadores ambulantes para que pudessem exercer seu
trabalho. Era uma região sem qualquer valor comercial e até mesmo residencial,
era um espaço largado, abandonado, que dava medo de se passar pelo local.
Depois
de dez anos de muito trabalho tornou-se umas das regiões mais valorizadas e
cobiçadas da cidade, vendida de forma duvidosa, na forma de concessão, a um
grupo de empresários que possuem 35 mais 35 anos para explorar, podendo dessa
forma sufocar todos os trabalhadores que ainda sonham com dias melhores na
Feira da Madrugada, tempo e dinheiro eles tem, e até colaboradores, e a ajuda
do governo Municipal, de malas prontas e cheias, que está de saída, para
entrada de nova administração, a única e nova esperança de todos os
trabalhadores que dependem da Feira da Madrugada para sua sobrevivência, a
organização.
Mas
então perguntarmos. Como pode haver organização em um local totalmente
desorganizado e bagunçado, sem regras e normas?
Como
arrumar uma ordem geral em um lugar onde todos mandam e só lembra-se de seus
interesses e nunca do coletivo? Como organizar se ninguém tem tempo de discutir
e colocar numa mesa o interesse coletivo? Não existe uma fórmula mágica que
resolvam do nada os interesses individuais num local que deveria predominar o
interesse coletivo, que acaba sendo o individual de cada um, quando praticado a
união.
Como
pode um povo vencer sem lutar? Como pode, o povo, cruzar os braços e esperar
que alguém faça alguma coisa para ele? Como?
Na Feira
da Madrugada tem gente que espera um milagre divino, como se não precisasse
correr atrás. Outros esperam que a Justiça, divina, atue no local e traga a harmonia
que todos almejam, sem nada fazer. Outros esperam a Justiça dos Homens, que através
de uma canetada todos os problemas da Feira da Madrugada estarão resolvidos.
Agora,
com a mudança da administração Municipal, um novo motivo de sonhos surgiu, o
Prefeito é a nova esperança do povo. A solução dos males e a esperança de boas
vendas e sossego para trabalhar, coisa difícil num país que patina num lamaçal
de coisas e tomada de decisões duvidosas
Duvido
que algo mude, enquanto o povo Feira da Madrugada continuar a esperar de braços
cruzados a mudança da situação. O povo tem que se revoltar em ganhar as
migalhas que oferecem. Enquanto aceitarem ganhar essas migalhas e não se unir
por um bem maior e participar de uma luta legitima e com foco nada vai mudar.
Mudar para que? Qual o motivo para mudar? O povo se contenta em ficar com o
resto, não quer o novo.
È uma
pena, ver um povo lutador e trabalhador ser manipulado e dominado por migalhas,
quando é uma força descomunal, que a dispersão enfraquece e a deixa sob o domínio
de forças bem mais inferiores, mas que se unem na hora de agir, se torna uma
força bruta interesseira, essa é a Feira da Madrugada dos dias de hoje, um
brilhante que tem o seu brilho ofuscado.
GRUPO
Luta e Trabalho – 01/11/2016
CR –
Comissão da Reforma – 01/11/2016
Como o povo da feira pode lutar se ali agora só tem bandidos no comando tanto dentro da feira como na subprefeitura.... impossível fazer alguma coisa
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